foto de capa por Gustavo Jardim
O meu, o seu, o nosso PA-CA-EM-BU!
Essa frase é dita há muitos anos nos alto-falantes do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho.
Ouví-la ao vivo e in loco é muito bom.
Principalmente quando você é paulistano, quando o jogo é do seu time e quando você é saudosista.
Pois assim eu me senti durante a minha estreia no passeio fotográfico promovido pelo grupo Click a Pé, no dia 21 de abril.
Não foi a minha primeira vez no estádio nem no Museu do Futebol, mas tive um gostinho especial por alguns motivos:
- Foi a primeira vez que explorei os dois ambientes com o olhar de fotógrafo e não somente de torcedor, o que me proporcionou novos ângulos, novas oportunidades e novas emoções;
- Eu estava rodeado de amigos e, ao observá-los, pude aprender e evoluir ainda mais nessa arte que é fotografar;
- Estamos em ano de Copa do Mundo e isso me deixa muito motivado.
Bom, vou tentar resumir minha história e minha ligação com a cidade e com o esse esporte.
Nasci na zona leste e passei minha primeira infância no Tatuapé. Até os 7 anos, frequentei muito o Parque São Jorge para prática de esportes como natação, judô e futebol.
Mas nunca havia visto uma partida em nenhum estádio.
Só fui mesmo assistir um jogo de futebol do Corinthians na capital no ano de 2005, pois em 1988 fui morar no interior com minha família, o que dificultou a presença no Pacaembu, local onde o time mandava os jogos.
Lá na região de Campinas cresci e junto cresceu o sonho de ser jogador de futebol, no meu caso, goleiro, por conta da estatura acima da média para minha idade e também devido ao corpo franzino, o que me deixava preocupado com contato, choques e lesões.
Joguei muito. Muito tempo. E muito bem. Mas não profissionalmente, pois meus pais queriam que eu estudasse e escolhesse outra carreira.
Minha dedicação e amor pelo futebol eram tão grandes que em um lance acabei ficando marcado pela vida inteira. Uma bola dividida com um atacante, um chute na minha mão direita, uma fratura, duas cirurgias, dois pinos, cicatrizes e uma pequena sequela que me limita em alguns movimentos.
E qual foi a emoção então no dia do passeio pelo Pacaembu se eu já frequentei tantos estádios de 2005 pra cá?
Foi graças a este evento que consegui realizar um sonho de infância: caminhar pelo antigo túnel do estádio, mesmo local por onde passaram meus ídolos do passado, cujos nomes eu ouvia ainda pelo rádio.
Imagina o que foi fotografar depois de tudo isso?
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